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domingo, agosto 28, 2005

--- vestindo, colocando a roupa EM PÉ
AFLUO erguendo bem alto o que antes era quase sem corpo
literalmente me encho de-estrutura
-e o faço com o que há de pele/e carne/
e ossos
coisas que não garatiriam
aquilo que a roupa, também,
não garante.
como é que se faz?
e cheguei a acreditar, algum dia, que a veste bastou?
mas como.

vestir - é nobilmente entrar na mancha

minhas ancas

sexta-feira, agosto 12, 2005

da animalidade tosca de meus pés criei sapatos, que a omitem

vestindo-me, no espelho, me lembro de você - da caverna
- da caverna do baixo ventre que me observa:
tenho a impressão da natureza de minha natureza -- fácil de rasgar, como o pano-------visto: escolho a melhor roupa sabendo que não vai estar lá - comisero a miséria - minha de um desepero anil, final ---- vestir-se é o final - e vou dizer: estavam desenvolvendo na casa uma peste com ninhos, volvendo rancores- da casa saí e me tranquei - - - - - -- - - - - - - - do lado de fora

nasci com coisa quebrada - não restou dúvida
não restou nada

e vem um quase orgulho -

que tem eu, que sem um mundo aflito
não tem mundo?
estou, a sangrar?

um orgulho
difícil
brioso
vestir-se
é precisamente despir o que há de novo -
fazê-lo colar à superfície -
vestir-se é talvez o cru, em tumulto,
raramente casto

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