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sábado, março 26, 2005

Cidade do Vaticano, 26 mar (EFE) - Um homem com problemaspsíquicos e que já esteve internado num hospício por matar oprefeito de seu povoado manteve em suspense o público no Vaticanopor duas horas e meia, ameaçando jogar-se de uma sacada no alto da Basílica de São Pedro.Numa rápida ação, um bombeiro pulou na sacada e conseguiu agarrarRino Santilli, de 46 anos, natural da província central italiana deL'Aquila, que ameaçava cometer suicídio se não recebesse dinheiropara abrir um orfanato.O incidente ocorreu poucas horas antes da realização da VigíliaPascal, na Basília de São Pedro, num dia muito importante para aIgreja.Segundo contou sua mãe, que o reconheceu ao vê-lo pela televisão,o homem partiu esta manhã num trem de sua cidade, Roccacasale, naprovíncia de L'Aquila, a cerca de 100 quilômetros de Roma, comdestino à capital.Santilli não teria contado a ninguém qual era suas intenção.Pela manhã, ele chegou a Roma e foi para o Vaticano. Às 14.30 dohorário local (10.30 de Brasília), o homem conseguiu subir nacúpula, que estava cheia de turistas.Para espanto dos turistas, Santilli pulou a sacada e ameaçou sejogar do alto da cúpula se suas reivindicações não fossem atendidas.Imediatamente, a zona foi isolada. Um grupo de bombeirosespecializados e o arcebispo Renato Boccardo, secretário daPontifícia Comissão da Cidade do Vaticano, subiram a cúpula etentaram convencer o homem a desistir de pular.O homem, segundo fontes vaticanas, exigiu que fosse entregue umacarta ao Papa, na qual, aparentemente, pedia dinheiro para construirum orfanato para crianças pobres.Santilli, solteiro, adotou várias crianças a distância e segundosua mãe trabalha como voluntário num asilo.O homem tem problemas psiquiátricos e esteve internado numhospício em 1983 após assassinar o prefeito de seu povoado, GiuseppeD'Ascanio.Recentemente o homem pediu perdão à viúva de D'Ascanio, a quemenviou uma carta, segundo contou hoje a mulher.Esta não é a primeira vez que Santilli realiza um gesto como o dehoje. Em 1988, durante uma permissão obtida no hospício deMontelupo, onde estava preso por matar o prefeito, Santilli viajoupara Florença e subiu até a cúpula da catedral, ameaçando jogar-sede lá.Segundo fontes dos bombeiros, o homem pretendia com seu gestochamar a atenção e prova do fato é que aceitou se amarrado a umacorda que os bombeiros jogaram antes de ser agarrado e salvo.

sexta-feira, março 25, 2005

E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar. Não esquecer que o erro muitas vezes se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava certo o que eu pensava ou sentia - é que se fazia enfim uma brecha, e, se antes eu tivesse tido coragem, já teria entrado por ela. Mas eu sempre tivera medo de delírio e erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade: pois só quando erro é que saio do que conheço e do que entendo. Se a ´verdade´ fosse aquilo que posso entender - terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu tamanho.

A verdade tem que estar exatamente no que não poderei jamais compreender. E, mais tarde, seria capaz de posteriormente me entender? Não sei. (...)
C. Lispector em A paixão segundo GH

quarta-feira, março 16, 2005

"No me molesten, estoy bailando"


sábado, março 12, 2005

e quem é q vai ver a nossa descabida verdade?

quem é q vai vir?

quem é que vai ver eu abaixar a calça e mostrar a realidade nua e aguentar o meu sorriso sem jeito?
_____________
a propriedade de
um corpo
intensamente
sujeito a.

ao mau humor das coisas sãs
a vários maus maus maus
a uma fala
a várias falas

-a milhares e milhares de pequenos pontos finais desenvolvendo-se caleidoscopicamente num conviver de árido a diário numa fonte decisiva de calor num viés aflito de espírito.

você me ensinou, vejo agora, você me ensinou que existe uma saída ou um pouco de saída para o ser humano: a dignidade. mesmo que seja uma dignidade de louco. porque os loucos são muito dignos. você me ensinou tanto. é como se o destino fosse chegar a algum lugar. é por toda a vida.

quem é que me dá quem é que recebe onde é que pede pede com calma pede com raiva
aos poucos cada vez cadê quem é bate na porta bate em mim onde é que tá tá batendo tô escutando onde

sexta-feira, março 11, 2005

"A história da minha vida não existe. Ela não existe. Jamais tem um centro. Nem caminho, nem trilha. Há vastos espaços onde se diria haver alguém, mas na verdade não havia ninguém. "

M. Duras

www.crimeedelicadeza.blogspot.com

segunda-feira, março 07, 2005

à medida que a vida
à medida que a vida velha

à medida que ela vai ficando
_____ no corpo_____

na frente dele/as coisas assim

(ao computador) vou mexendo e
leio coisas
na minha frente
na frente dele
coisas assim

na minha CARA
de 21 anos

enquanto às costas, nuas, bem por trás, algo que me alcança (com a pele)
um vulto - algo
me prossegue ao vulto
que não é da alçada de uma máquina
mas que volta a ela. como uma música.

penso em verdades emocionais

de sorte que diria ____ quando eu era mais novo, tinha uns problemas.
diria_____ me chamaram para ser uma coisa que eu não posso ser.
diria_____ quando tinha doze anos, era fantasma.
diria_____ tenho uns problemas/depois resolvi que não queria mais
e hoje, hoje
21 anos na frente

tenho a liberdade quase equivocada de ligar o computador
em silêncio.
e ler

-e o gosto de dançar bastante.
-e o gosto de beijar-vos.
-o gosto de dizer:
pedi para desligarem a máquina/ mas não a desilgaram/ e quando a vi

ay ay ay

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