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segunda-feira, janeiro 24, 2005

"é possível olhar sem cindir?"

em alto mar________a linha do horizonte_________como uma linha que se escreve______

o que fiz para merecer isso?
tenho muito tempo para -coçar o saco- para ficar pensando –de saco coçado- pensando na vida
Ó LINHA eu teria vários motivos para te enfiar
no cu?
Ó LINHA SUTILÍSSIMA
aproximo os lábios de ti e suspiro

fiz um trato de sair e estou deitado e ardo tanto que quero/ quero um/ na praia/ qualquer um/ e, bem.

“como olhar sem cindir?”

derivo-me/farto-me de lágrimas legítimas e suscetíveis à calúnia de meus inimigos

como quando se escreve com a letra tão solta e bêbeda que depois sequer é possível ler
estou ilegível e frágil___ até aqui
mas até aqui
como onde no mar não dá pé
até no fundo
até em mim

vejo a maré altíssima como a garrafa de bebida à minha boca
e pularei do barco

há a possibilidade de qualquer um me____ arrancar o que, talvez, eu não traga. e acabo convencido, concordando. e se, ao contrário, me põem no pedestral, sim, chego logo a crer, em vertigem´

mas pularei do barco

-o pior é que, sim, estar à deriva_____ não significa estar livre. não não. só para gênios. beijo raskólnikov na boca. e acabo com isso. e acabo lendo sem cindir. acabo. AI ACABO. acabo no barco.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

a cena da privada. eu sentado lendo. e depois ouvindo Seymour Stein.
...quando resolvo ficar de mau humor de propósito, viro indingo.

me tranco no banheiro em curta apologia de estar sozinho em casa, são dez horas da manhã, e lembro que me foi dito aquela vez, com certo nervosismo: AH MENINO SE VOCÊ QUER ME PEITAR



sábado, janeiro 01, 2005

quando acordei de manhãzinha
o cachorro estava na varanda
e sem coleira


COMEÇOU O ANO COM O CACHORRO SOLTO NA CASA DE CLÁUDIA

-se eu fosse um animal seria um cão com certeza.

no meio de tudo dormi bastante, dormi dormi dormi e não lembro e pouco quero lembrar e a desmemória é valiosa -ANOTEM

Lucy, Thago e Silvinha apareceram já com suas próprias taças. Não digo nada. quem já chega na festa com a sua prórpia taça é que já
diz tudo ainda mais
quando a taça já chega quebrada
como no caso de Thiago, que, além de tudo,
comprou uma camisa verde que já vinha furada escrito
LUCK. o menino chegou completamente esburacado (do ano passado)
não digo nada
quebrar as coisas dá sorte,
admito que estou quebrado, portanto.

houve momento
aconteceu piração e dança no varal. Gritávamos:
viva varal, varal é tudo! varal agora!
E também: ai!

enquanto isso os eletros de Lucy - no talo - Ride me like a poney, né, MY CURIOSITY
-Às vezes Lucy enlouquecia completamente e não aguentava com o corpo. falava: Eu não aguento! Simplesmente não aguento! Ahhh naiiiiiiiaaaaaaaaaaaa...

-entretanto alguma coisa em mim perdeu um "sonho" e estou nostálgico, gostava tanto. há tempos não danço meio arfado, estranho. agora é pior e estou misteriosamente envolvido com bebida, etc. E sem um "horror" preciso. que diabos fiz eu?? alguém aí compartilha dessa sensação?

-Raquel fumou maconha demais e chorou horrores. se estendeu durante quantas horas. seriamente e ela não deixava de rir em intervalos, Raquel é notavelmente sensível, Silvinha até comentou.

Cláudia estava de vestido branco
Daniel de camisa azul escura -pontiagudo-
Groselha coloridíssima
Ana com listras rosas para um amor
espaçado
Gabriel de vermelhos anos 70
Lucy lantejoulas

conversavam bastante todos
Mariana sorria maravilhosamente
até fazia uma pose natural com o cigarro
- e falava que eu era uma persona
eu de bermuda
e todos comeram o macarrão. Gabriel elogiou e segundo Di Salvio e Ana, pode casar.
só falta o marido. ou a esposa. porque agora também é bissexual. a quem se habilite.

Silvinha,
aliás,
AI QUE LOUCURA, né?
e c/ calcinha vermelha
-casos cheios de êxtase
baldes de gelo com berros e
orgasmo no aniversário.

como Thiago, ela é da sorte de pessoas ventiladas e muito champagne.
E prosecco. Até antes da meia noite. Inclusive.
Beijaram Cláudia. Beijaram Gabriel. Beijaram Ana Beijaram Thiago e Beijaram Bernardo, alguns entre amigos beijando o reveillon,

Entretanto não direi mais nada porque estou sendo óbvio e de obviedades o ano que chega já está farto.







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