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quarta-feira, dezembro 24, 2003

espera. eu nao te disse antes porque nao podia. porque nao tinha nada pra dizer. eu via voce passar e nao era nada, era so uma pessoa pondo um pe na frente do outro. agora nao. agora eu vejo voce e meu coraçao derrama areia quente, quente, quente. agora eu te amo. antes eu estava desperdiçando minhas historias nos copos vazios do balcao da Obra. mas agora eu te amo. espera. eu nao te disse antes porque nao sabia. agora eu te amo. eh como naqueles filmes que a pessoa vai morrer e voce tem um segundo para dar o unico beijo da sua vida em alguem que te faz tremer. porque eu te amo. espera. cinco minutos. preciso de cinco minutos pra lamber voce e enfiar a mao na sua calça. preciso desses cinco minutos pra cantar a musica do the 6ths. you you you you. e lamber voce e enfiar a mao na sua calça. espera.

domingo, dezembro 21, 2003

CONFISSÃO DA RAPARIGA TALVEZ MORALISTA _ talvez fosse de outro jeito, você era bonito, mas eu me abstinha, me abstinha de todos os choros, todas as birras ou ares melancólicos e idas ao banheiro espaçadas de pequenos gestos sem intenção. Cada vez mais você me empurrando para a perede. E a baforada de cigarro. E os meus inevitáveis olhos de quem não fuma e olha para a pessoa que fuma - que sempre parece um pouco ridícula e um pouco sensata demais a ponto de admitir as fraquezas concretamente. Você fumando, cada vez mais perto, e eu olhando, te entendendo muito bem, sem porém me fazer. Cigarro, após cigarro, após cigarro. Algo estranho acontecia comigo, que ao invés de tentar (afinal estou encalhada), discorria dentro de mim cada vez mais questionamentos sobre a sua possível relação com o tabaco, quando e porque começou, onde. E sem perceber me esqueci total, não escutava mais. E fui incrivelmente recuperando meu remoto feminismo. Sou mulher que não fuma, me gabei. fiquei com tanta piedade do dito cujo, esse pretenso símbolo fálico, você, implícito, acrediando nele como objeto de poder e sedução. É lógico: você não admite fraqueza nenhuma, você é homem. Vocês homens têm o mundo, com suas indústrias, com suas estratégias de marketing, revistas playboy, história da arte, com suas fantasias sexuais aceitas por mulheres passivas.


Ah, como gostei de tomar a pontinha e apagá-la na sua testa, TE DEIXAR LÁ OLHANDO A PAREDE VAZIA.

quinta-feira, dezembro 11, 2003

:)
"LA MUSIQUE", DE NICOLETTA. [para escutar lendo]
O ato de atirar (algo) _ sempre é necessário fazer-se árido e entendido, porém nunca mórbido : não precisei.
CONSELHO _ e talvez seja assim mesmo: longe dos mares e dos vícios materiais, sem dicção, sem moratória, como um deliqüente espesso.

terça-feira, dezembro 09, 2003


Mr. and Mrs. Clark and Percy _ David Hockney

quinta-feira, dezembro 04, 2003



Edward Hopper - "Night Windows"

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