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quinta-feira, outubro 30, 2003

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segunda-feira, outubro 27, 2003

there´s something in the air and i assure it´s not the cool breeze that comes to ease our pain or the sore in the teeth

there´s something in the air and i bet it´s not a devil call for the wrong bed or chamber with candlelight and rotten tongues

there´s something in the air and i guarantee it´s not like the thing when we met, sweat in the bar the dark bar with people drowning their miseries helped by the vodka and the clichés, when we met sweat and dying slowly in the dark under the arch of Eros and his bellicose helpers
i can feel the smell when i snare it goes trough my nose my bones and my hair

there´s something in the air.

quarta-feira, outubro 22, 2003

capricha na anestesia. ao acordar, Pequena, um frasco, injeta, sub-cutaneo, arde de leve, da um perfume de pele arrombada com agulha. delicadamente. pegue os seu cadernos coloridos, despedace-os todos, voce nao escreve mais, nem sobre os braços finos e brancos gemeos com as veiazinhasazuis, minha flor, a sua literatura entrou na menopausa?

podemos comer comida japonesa hoje, mastigar a carne crua do peixe cor-de-rosa, tenro, tenro, mastigar com odio e shoyu, destruir as fibras o emaranhado a historia toda, do mesmo jeito que nao fazemos com as nossas coisas, o contrario do nosso ritual de lamber e bordar com fios finissimos (agua, agua) cada passo e caida e pedra. ou perda.

minha pequena, meu coraçao virou uma esponja, ele incha, pesa tanto, de mel e leite, eu amo e nao tem ninguem do outro lado. sobejando. supurado. ulceraçoes no ultimo DEGRAU. dai voltei a comer carne. dai eu mato agora. participo. mastigo com furia (sem shoyu), mastigo rilhando os dentes. agora eu tambem mato os inocentes. ja que ninguem me devolve os meus brinquedos. agora eu tambem como sangue e limpo, educadamente, no guardanapo branco.

vomito delicada, sempre delicada, os pedaços dos bichos que engoli. vomito misturado com whisky e areia e mel e leite. delicadamente. depois limpo a boca com um LENCO branco. ando leve ate a proxima refeiçao, comer amor ou a nova esperança fatigada, arranhada nas pernas. como e incho. a carne me alivia, me distrai do excesso de - delicadeza.

meu anjo, voce sabe que eu te amo mesmo com a calcinha manchada de porra. voce sabe que eu te amo desde a primeira vez, perto da biblioteca, ha 4 anos arrastados. voce sabe que eu te amo mesmo sem retorno, so o seu sorriso de estrela branca e longe, a sua mao pequena gelada apertando de leve, o seu abraço sem jeito e as musicas-salvaçao. um amor como um jarro de leite gelado. branco puro, natural de dar odio de tanto, um amor como um jarro de leite gelado, a ser servido em copos altos esguios, bebido com uma oraçao e salmos, de noite, na beirada da cama.

entao. no bar, vem um vento da janela. obviamente um vento so poderia vir da janela. no bar, eh quente e musicas nao cooperam. voce esta soh com uma cerveja da pior qualidade, porque voce soh tem tres reais, e pretende tomar umas duas que eh pra começar a anestesiar a cabecinha. no bar, da porta da pra ver a avenida antonio carlos, e do outro lado os portoes da universidade. da UNIVERSIDADE. voce mastiga sua cerveja, mastiga, que seus dentes estao todos asperos e saindo do lugar, como quando voce sonha que acerta a arcada inferior empurrando pra esquerda, mas voce mastiga sua cerveja e ja sao sete horas e depois sao oito e voce mastiga sua cerveja enquanto sua, sua muito, sozinha no bar sujo cheio de homens horrorosos e machos, muito machos, e estudantes da UNIVERSIDADE tomando cervejas da pior qualidade para depois narrarem o grande epico da ida ao bar e da cerveja da pior qualidade, entremeados pela discussao de icones intelecto-pops. que voce nao sabe o nome. porque voce parou. porque voce pulou e caiu de joelhos direto daquela praia, daquele banco de areia e daquele boquete quando depois de 10 dias de sol, sal e maconha voce decidiu cair fora e tentar por outros meios. tem dois anos isso. voce mastiga sua cerveja, eh o ultimo copo e o cigarro te faz querer vomitar, e os estudantes gritam alto e gesticulam e os homens horrorosos te olham e gritam mudos: meter! talvez nao porque voce esta usando oculos grandes e blusa larga. mas eles olham com olhos injetados e quando vao ao banheiro passam do seu lado e ostensivamente ajeitam o saco, coçam, acariciam o pau sujo dentro da calça suja e o cigarro te faz querer vomitar e o boquete da praia te rendeu. bem. esqueçamos.
eh o ultimo copo. o cigarro. o pau dos caras. os gritos. a avenida eh larga e esta vazia e o onibus nao passa. voce esta sozinha, azul e num desalento de passarinho. voce encosta na parede imunda da lanchonete imunda do lado do ponto. voce fuma e o cigarro. te da nauseas. voce vai pra casa e eh melhor nem comentar sobre isso.

entao. o vento que veio da janela foi definitivamente a melhor coisa do dia.

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