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domingo, julho 27, 2003

There was a game we used to play
We would hit the town on Friday night
And stay in bed until Sunday
We used to be so free
We were living for the love we had and
Living not for reality

just my imagination
just my imagination
just my imagination
it was
just my imagination
just my imagination
just my imagination
it was

That was a time I used to pray
I have always kept my faith in love
It's the greatest thing from the man above
The game I used to play
I've always put my cards upon the table
Let it never be said that I'd be unstable
It was just my imagination
just my imagination
just my imagintaion
it was
just my imagination
just my imagination
just my imagination
it was

There is a game I like to play
I like to hit the town on Friday night
And stay in bed until Sunday
We'll always be this free
We will be living for the love we have
Living not for reality

It's not my imagination
it's not my imagination
it's not my imagination
it was
it's not my imagination
it's not my imagination
it's not my imagination
it was

not my imagination
not my
not my
not my

my imagination
my imagination
my imagination
my imagination

*POR ACASO BORDEL*

- Je t’aime je t’aime
Oh oui je t’aime
- Moi non plus
- Oh mon amour
- Comme la vague irrésolue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens

- Je t’aime je t’aime
Oh oui je t’aime
- Moi non plus
- Oh mon amour
Tu es la vague, moi l’île nue
Tu vas, tu vas et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins

- Je t’aime je t’aime
Oh oui je t’aime
- Moi non plus
- Oh mon amour
- L’amour physique est sans issue
Je vais je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Je me retiens
- Non ! maintenant viens...


terça-feira, julho 15, 2003

era uma vez um anjo caido. era uma vez uma fada torta. era uma vez uma menina morta. todos faziam rimas muito ruims e gostavam de grama, champagne e cassis. viviam debaixo de uma folha inclassificada pela botânica, o que era fonte de great excitment para eles. inclassifcada, inclassificaveis. uau. u-au. nao cortavam as unhas dos pes (nao sei bem qual a relevancia desta informaçao). o anjo caido tinha as asas puidas e sujas, mas mesmo assim elas brilhavam muito e as vezes era incomodo. a fada torta colecianava sapos e as vezes cantava missas negras, mas tinha um coraçao de agua de rio e chorava por qualquer coisa. a menina morta era na verdade uma ESTRELA escondida que as vezes abria os olhos muito e entao vazava luz, luz, luz.
um dia fincaram uma placa na entrada da casa. alguem adivinha o que estava escrito?


peço desculpas por esse post. mas ainda estou sob efeito. (de nada, e justamente por isso eh que tah nesse nivel) (ou: hou hou hou)


nós ? nós estamos bem ali.

segunda-feira, julho 14, 2003

Caminhava pela praia, na bolha róseo-dourada do pôr-do-sol. Um passo - atrás do outro - e então outro passo. Descalços, ora na areia fresca, ora alcançados pelas ondas; dava vontade de sorrir e agradecer os pés por existirem e levarem-no aonde querque queria. essa coisa bonitinha que são os pés... Mas então: de repente que topa com um corpo estranho, (morto?) parecia um cachorro deitado, no meio da praia. Uma coisa ruiva, corpo inteiro, estranho. Uma intervenção, de alguma maneira, violenta no branco da areia. [Um cachorro dormindo ?] Um cachorro morto, claro. Nenhum cão dorme assim, no meio da praia, à mercê de alguma onda gelada e impiedosa. Um passsso - atrás do outro - então outro passo. E mais outro. E outros três. Bem devagar, porque entardecer na praia não é brincadeira. Luzes conspiram com nuvens e ventos, sombras e pássaros, os Instantes a serviço de uma ordem obscura fazem a cada segundo surgir uma nova cor; um novo cheiro que vem com a brisa; um diferente sonido de rossação;cinza, laranja, rosa, plect vuuu e a qualquer momento se escurece. Não se brinca, meus amigos, não se brinca e ele andava bem devagarzinho e respirava junto. . .De maneira a macha ruiva e peluda jazia a alguns passinhos ainda, sob nuvens espessas, porém magras, cortantes, que faziam do azulcinzentu uma toalha de mesa calma com suas facas de várias tonalidades encima. Objetos cortantes de um branco manhoso, que não se deixava colorir de todo, as nuvens era tonais. Ah, sim. Havia sol já bem na extrema esquerda mesmo, iluminando algo como uma tela dessas que se vê em museu, a óleo.. E chega mais perto, a medida que. A luminosidade parecia deixar rastros de tinta que iam escorrendo sobre a toalha, umedecida, e iam evaporando. Quando algo se evapora vai para o céu, né. Ái Ái. amontoado de algas. Ah, sim, alguinhas de um ruivo escuro, arrepiadas mortas e abraçadas umas nas outras como se desesperadas, despreparadas para aquilo ali. Que interessante. Como um amontoado de vegetais marinhos pode parecer, mas não ser um cachorro deitado. parece, mas não é. Né ? :)

domingo, julho 13, 2003






Which Rainbow Brite kid are you? By Growing.



quinta-feira, julho 10, 2003

( Brinquedinho ) * exsudato dos bulícios extáticos dos dioramas fortuitos
LA ROCK 01 - outro dia mesmo chegou uma pessoa e disse assim:

- Se você quiser dormir bem mesmo, olhe para o céu grite-lhe em pensamento:

- Eu te amo ! Eu te amo !! Eu te amo !!! EU TE AMO !!!! EEEEuuu ttteeeee aaaaammmmmooooo
olha que bonitinho o que eu achei no dicionário:

DENDROFILIA: amor às árvores

quarta-feira, julho 09, 2003

Me convide para a sua festa de quarta-feira com vinho barato e salgadinhos de padaria; esqueça, esqueça as vezes em que fui seu grilo de estimação vomitando pedaços rudes de verdade e me convide para sentar no sofá azul do seu apartamento pequeno sem gatos e sem samambaias e me sirva músicas na bandeja enquanto acendo o cigarro e comento qualquer coisa desagradável sobre o seu cabelo sem lavar há alguns dias ou sobre o cheiro horrível que vem da sua cozinha. Pegue a canção errada cheirando a obviedades nem um pouco contundentes e ponha pra tocar no repeat só-mais-uma-vez-eu-prometo, cante murmurando os agudos de um jeito impossível que só você é capaz e me olhe de soslaio as unhas desbotando, conferindo as suas próprias e limpando os cantos com a ponta de um canivete sempre ali, jogado sobre a mesinha de telefone.

Sente-se também mas não muito perto e faça aquela cara suja e triste, e balbucie devagar seus nacos de angústia, crus, tentando me estender a mão com alguns deles pingando auto-piedade, enquanto eu finjo que procuro manchas no teto ou teias de aranhas nos seus olhos. Deixe-se ficar ombro a ombro por minutos que se esfarelam fazendo ruído de ratos brancos em gaiolinhas, sem procurar nenhum assunto, sem tocar os joelhos, sem dançar com as mãos no ar. Finalmente lembre-se de abrir o vinho e então sirva-o em copos de requeijão ainda com um resto de rótulo agarrado, descorando azuis e verdes, adivinhando manso que eu escolherei o copo mais colorido, e sequer vou sorrir de gratidão pela sua atenção canina aos meus hábitos e manias estúpidos, de tão entediada da sua disponibilidade para me assistir nas minhas performances de criança tardia.

Troque o cd, troque a mensagem subliminar, vá ao banheiro e demore, voltando com o cabelo escorrendo água da pia e sabonete lux, você que nunca se lembra de comprar shampoo, volte devagar e descalço sentindo a areia quente no chão, toda a areia derramada entre nós, pise com cuidado usando a sola como se pisasse sobre pregos, como se dentes e girafas virassem cacos brancos debaixo de você, balance a cabeça como se tivesse uma enguia entrando pelas orelhas até respingar grande parte da água na minha cara, minha cara que te devolve a oferta com cuspe no centro da boca até uma pequena poça no chão, que você toca gentil com a testa (o chão

terça-feira, julho 08, 2003

Retribuiçoes: um livro (outro), mimica, conhecimentos gerais. Aproveitamento: proximo de zero. Possibilidade de repetir a experiência: imensa. Começo a contar a historia pra mim mesma e nao acredito. E uso muitos pleonasmos. E choro. Choro soluçando, escondido, é claro. Que eu nao sou mulher de chorar na rua.

Mentira. Sou sim. Sou de chorar na rua e receber as condolências, mas menina, não se preocupe, você vai achar o que você perdeu - olha moço, eu perdi o ônibus e perdi o senso do ridiculo, você me da licença? e me devolve a minha caneta que eu tô precisando. Agora. Tô precisando da caneta pra escrever no meu diario ridiculo esta historia ridicula e depois ir la ridiculamente contar pra minha terapeuta. Que eu faço terapia. E tambem tomo florais. Australianos e de Bach. Ha? Se eu gosto de Bach? Gosto. Nao, eu nao sei nada de musica; eu leio os nominhos na capa dos cds mas desconfio que a minha vida anda num intermezzo. Mas olha aí o outro ônibus, dá licença, tenho que colocar o cachorro pra dentro e trocar a agua.

Eu tenho que trocar a agua.




segunda-feira, julho 07, 2003

estreia nacional restrita ou entrada triunfal de sugarqueen



Ele me vinha naquela quarta-feira parada com seu açucar marrom debaixo da lingua e mil braços procurando axilas quentes onde se acomodar, pronto para criticar a palidez anormal do meu rosto, as olheiras, os vincos no canto da boca. Podia reparar que ele desistira do expediente do chocolate, que ficava sempre naufrago sobre a mesa, intocado e ofendidissimo, recebendo olhares gulosos da gorda esquisita que sempre estava por ali aquela hora. Eu fechava contrafeita o livro e o encarava por tras dos oculos esperando a serie de perguntas de praxe: voce comeu? voce dormiu? voce terminou os trabalhos? Me perguntava sempre se ele nunca seria mais criativo, talvez incluindo voce finalmente contou pra sua mãe que vendeu o relicario da sua bisavo? voce bateu punheta de novo pensando na professora? Mas nao. Ele suspirava, puxava um cigarro (a gorda sempre pedia um cigarro nessa hora, eles acabariam trepando, eu apostava, e apostava que ela tinha varizes monstruosas), tragava devagar tentando uma cara de terapeuta, como se ja nao bastasse o meu e seus discursos edificantes, e vinha com a ultima e odiada pergunta, voce esta tomando seus remedios direitinho? Mas porra, cara, se eu gasto cem paus por mes com um monte de comprimido colorido (brancos azuis e cor-de-rosa em capsulas com letrinhas) eh pra tomar direito, nao? Nessas horas ele me lembrava muito meu pai nao entendendo nunca como era possível um ser humano fazer uso de tres psicotrópicos, psiquiatra, terapeuta corporal, yoga, e não conseguir levar uma vida de gente. Ambos eram completamente incapazes de perceber que eu era um buraco ambulando por aih, dependurada mas muito afim de cortar os fios ainda, e que os dias de humor acido eram os unicos possíveis dentro do meu vazio e da minha incompetencia. Caralho, a gorda podia ter nascido gorda (ela estava agora olhando fixo pra frente e eu tinha ganas de rir), porque eu nao podia ter nascido triste? Nao, nao me alegrava ter a familia classe-media equilibrada que eu tinha, nao me alegrava ter feito intercambio pra Noruega e ter passeado na Oslomarka num frio absurdo, nao me alegrava a casinha com cachorro e piscina, o namorado atencioso e as trepadas formidaveis, era tudo oco pra mim e ja era uma grande merda ter consciencia de que eu era uma carne errada com defeito de neurotransmissores, piorava 200% com pessoas em volta me abanando e fazendo piruetas pra arrancar um sorriso de doh. Eu era triste, eu era um bebe quieto e silencioso com olhos turvos que nao brincava com o Zé Teimoso no berço e nem com a corujinha que fazia barulho, eu sempre tinha sido triste e agora mais ainda com a porra da menstruação muito atrasada e aquele imbecil de 24 anos na minha frente fazendo uma flor de origami pra colocar entre os meus dedos da mao. Eh melhor você dobrar um bercinho, falei com raiva, mas ainda bem que ele estava atarefadissimo fazendo a terceira dobra.


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