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sábado, junho 28, 2003

Lidar com números me parece como entrar nas águas cheias de sal do mar e encontrar um deus-negação. Falta-me coragem, mas além do mais, falta-me também água densa por dentro. Não paro de mexer meus joelhos e as veias das minhas pernas, em certo momento, são como barbantes secos entrelaçados, que puxam, puxam e me deixam inquieta e desinteressada. Fico na superfície do eu e vem daí a náusea (não bem a literária, mas eu poderia mesmo dizer: da anti-literatura, extremamente enjoativa). Mas como é bom negar, negar tudo, negar com amor e ternura, negar um escape e escapar pelo avesso, negar os números e os raciocínios lógicos. Recuso pensar pensando, fico coberta por aquela eternidade cósmica, da qual fala Clarice. Fico com o infinito de não ser, é esplêndido, é tudo-nada, início e fim de uma vida completa, e de um desinteresse razoável e necessário. Oh,, e como é.

--ili--

sexta-feira, junho 27, 2003

Clarice, em Sopro de Vida:
"Eu sou individual como um passaporte. Eu sou fichada no Félix Pacheco. Devo me orgulhar de pertencer ao mundo ou devo me desconsiderar por ?

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